A evasão escolar ao longo da implantação do programa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem apresentado saldos negativos, tornando-se desafiador para o professor manter a constância dos alunos na escola. Dentro desse contexto sócio-cultural existem vários fatores prevalecentes que intervêm na permanência dos alunos na escola: devido à sobrecarga de trabalho, professores sem qualificação ou aptidão para a EJA que contribuem muito mais para exclusão social, do que para a formação educacional. Segundo texto Curricular-1º segmento da EJA (p.29) o professor precisa conhecer as necessidades e expectativas de aprendizagens dos alunos e investir em sua própria capacitação atualizando-se sobre os conteúdos a serem ensinados de forma continua refletindo sobre sua prática para assim aperfeiçoá-la.
As instituições escolares devem estar estruturadas dentro de um processo educativo que possam preparar cada cidadão socialmente dentro de todos os aspectos morais e intelectuais não se preocupando apenas na obtenção do domínio de ler, escrever e contar, mas na execução pessoal e coletiva. Nessa visão restaurada de escola o ensino para jovens e adultos merece um cuidado específico, a partir da escolha de seus currículos formulados dentro da contextualização coletiva, podendo abrir espaços e novas expectativas de saberes associando os conhecimentos científicos. O público da EJA merece considerações cuidadosas, pois a ela se dirigem jovens e adultos com suas múltiplas experiências de trabalho, de vida e de situação social.
Para a educação de jovens e adultos não só é indispensável o domínio dos códigos linguísticos, é muito mais do que codificar e decodificar; é prepará-los para o mundo por meio de questionamentos, diálogos e o desenvolvimento crítico de suas idéias, orientando-os para viverem e conviverem como o mundo letrado e saber compreender os códigos visuais da comunicação expostas pelos diferentes segmentos sociais, pelo qual o homem atual está em constante evolução, sendo assim, poderão estar aptos a conviver e lutar pelos seus direitos como cidadãos dignos e conscientes.
Referencias: RIBEIRO, V. M. M. (oord.). Educação de Jovens e Adultos. Ensino Fundamental: proposta curriccular-1º segmento. São Paulo: Ação Educativa, Brasília: MEC. 2001
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